OPALAS..
OPALAS..
terça-feira, 17 de março de 2009
Carta de Despedida.!
Carta de Despedida
"Pois é, gente boa, vejam só a minha hora também chegou. Está terminando essa longa e bonita viagem ao lado de vocês, iniciada a quase 24 anos. Por isso, puxarei pela memória para falar um pouco sobre mim, do que fiz e o que fui durante todo esse tempo.
Em 1963, a GMB fabricava apenas caminhões e camionetas, e iniciou estudos para produzir um automóvel de passeio. O Brasil era então um país de mercado em expansão, com uma ainda recém-nascida indústria automobilística. Depois de muita conversa e troca de idéias, decidiram que eu seria baseado no Rekord, um modelo médio fabricado na Opel da Alemanha. O projeto 676 teve inicio em 1966. Durante mais de dois anos, fui desenvolvido e duramente testado. Minha campanha publicitária foi marcada por muito suspense. Vocês ainda lembram do craque Rivelino falando de mim sem citar o meu nome? Fiz a minha estréia oficial ao público no dia 19 de novembro de 1968, e fui vedete no VI salão de do automóvel, na mesma época.
Eu tinha quatro portas, lugar para seis pessoas, e podia ser comprado em duas versões de acabamento (Standard e De Luxo), e duas de motorização: quatro cilindros (2.500cc) ou seis cilindros (3.800cc). Fui bem recebido pelo mercado, e era considerado moderno para os padrões daquele tempo. Dois anos depois, comecei a receber retoques na fachada, mudanças de acabamento e outras versões. Em 1971, chamaram-me de SS e adquiri um porte mais atlético: faixas na pintura, rodas esportivas, motor de 4.100cc e câmbio de quatro marchas no assoalho. Em setembro daquele mesmo ano, fui lançado com carroceria de duas portas, atendendo à uma preferência do público. Era um elegante cupê sem coluna, com traseira "fastback". Em 73, mudaram de novo minha grade dianteira e outros detalhes. Nos modelos 74, os motores foram redimensionados, e denominados de 151 (quatro cilindros) e 250 (seis cilindros). Em 1975, mudei bastante a frente e traseira, e ganhei uma derivada: a perua Caravan. Surgi também na versão Comodoro, ficando com ares de quem usa terno e gravata.
Nos anos seguintes, mudei pouco. A Caravan recebeu em 1978 a versão SS, e ainda lembro o que dizia a propaganda: "leve tudo na esportiva". Aos dez anos de vida, já sentia que tinha um público fiel, que confiava em mim de olhos fechados. Sabiam que dificilmente iria deixa-los na mão. Concorrentes no mercado? Tive sim. E vários. Todos, porém, viveram bem menos que eu: Maverick, Del Rey e Santana, para citar apenas alguns exemplos.
Em 1980, fiquei mais moderno com faróis retangulares e lanternas envolventes. E todo cheio de poses quando me encheram de luxo e sofisticação, e fui chamado de Diplomata. A partir daí, passei a olhar para o Ford Landau sem complexo de inferioridade. Nos modelos 81, meu painel de instrumentos e volantes foram totalmente redesenhados. Quando o Landau saiu de linha, no início de 1983, tornei-me o mais desejado pelos "colunáveis". Acho que foi por isso que desde então a GM investiu mais em mim, de modo a ficar compátivel com esse mercado de elite.
Para 1985, mudei um pouco novamente tendo ficado mais luxuoso e confortável. Na versão Diplomata, já era preferido pelos executivos e políticos. Mas, Comodoro ou simplesmente Opala, eu também não fazia feio. E aquele pessoal tradicional ali, sempre comigo. Dizia que "automóvel era o Opala". Nos modelos 88, outra plástica. Desta vez, acharam que fiquei com cara do Monza. Não faz mal, estava tudo em família. Completaria então 20 anos, e muitos já demostravam espanto com a minha idade. Por uma virada nos níveis de vendas deixaram de me produzir com duas portas. O brasileiro passara a preferir quatro portas. Já era veterano, mas tinha espírito jovem.
Na linha 91, mudaram um pouco minha cara e outros detalhes. Ganhei pára-choques integrados à carroceria, grade reestilizada e, quando Diplomata, freios a disco nas quatro rodas e direção hidráulica eletrônica. Mas confesso que ficava preocupado com os comentários a meu respeito. Que eu não iria muito longe, que havia esgotado minhas possibilidades de projeto e outro mais. Quando ouvi o pessoal da fábrica falar sobre isso baixinho (só porque eu estava por perto), senti que era verdade. Foi um golpe duro. Em breve, eu teria o mesmo destino do Fusca, Corcel, Galaxie, Alfa Romeu e de tantos outros que conheci na juventude.
No início deste ano, notava que os mais chegados tinham no rosto uma expressão de tristeza quando olhavam fundo, cara a cara. Em abril, alguém lá de São Caetano disse que eu chegaria à milionésima unidade. Que ironia do destino: logo soube que seria a última. A gente sempre pensa que ainda è cedo, que poderia ficar mais um pouco, mas a final, esse momento difícil chegou mesmo. Agradeço a todos vocês que me construíram, compraram e me trataram com tanto carinho ao longo desses mais de 23 anos. Peço que desculpem minhas falhas, e se não agradei por um ou outro motivo.
Estou profundamente emocionado, bastante, mas parto com a consciência tranqüila do dever cumprido. Gostaria de poder revê-los todos algum dia, talvez num lugar muito distante deste. Encerro por aqui, pois os meus faróis já estão cheios de lágrimas. Vou embora mas entro para história. Adeus"
Chevrolet Opala19/11/1968 - 16/04/1992
Primeiro Anúncio do Lançamento do Primeiro Carro Brasileiro da GM
Ao anúncio do lançamento do primeiro carro brasileiro da General Motors do Brasil, feito "em memorável reunião com a imprensa, rádio e TV, no dia 23 de novembro de 1966, no Clube Atlético Paulistano", seguiram-se dois longos anos de expectativas no mercado.
Antes do lançamento, os protótipos do Opala percorreram, ao todo, mais de 500 mil quilômetros, equivalente a 16 viagens de São Paulo ao Alasca, testando não só a resistência e durabilidade dos componentes, como o veículo como um todo.
Antes do lançamento, os protótipos do Opala percorreram, ao todo, mais de 500 mil quilômetros, equivalente a 16 viagens de São Paulo ao Alasca, testando não só a resistência e durabilidade dos componentes, como o veículo como um todo.
Um opaleiro de verdade pensa assim..
Hoje é dia de encontro
É festa o tempo inteiro
tem paixão pelo possante
podes crer, é opaleiro!
Opaleiros vem surgindo
com seus carros roncantes
tem diplomata completo
e muito comodoro elegante.
Dentista tem motorzinho
Opaleiro tem motorzão
Ninguém me segura na estrada
quando estou neste carrão.
Mulher é bicho esperto
quer carro novo e dinheiro
mas se entrar no meu opala
fica dentro o dia inteiro.
O asfalto queima bonito
acelerando o motorzão
já tem playboy vendendo golf
pra comprar um opalão.
Opaleiros reunindo
tantos carros nunca se viu
quem tá aqui e não curte opala
vá pra Puta que te pariu!!!
Se o destino diz que você é um perdedor,
pregue uma boa peça nele!!!!!!!!
É festa o tempo inteiro
tem paixão pelo possante
podes crer, é opaleiro!
Opaleiros vem surgindo
com seus carros roncantes
tem diplomata completo
e muito comodoro elegante.
Dentista tem motorzinho
Opaleiro tem motorzão
Ninguém me segura na estrada
quando estou neste carrão.
Mulher é bicho esperto
quer carro novo e dinheiro
mas se entrar no meu opala
fica dentro o dia inteiro.
O asfalto queima bonito
acelerando o motorzão
já tem playboy vendendo golf
pra comprar um opalão.
Opaleiros reunindo
tantos carros nunca se viu
quem tá aqui e não curte opala
vá pra Puta que te pariu!!!
Se o destino diz que você é um perdedor,
pregue uma boa peça nele!!!!!!!!
Uma boa História..
Porque nossa história automotiva é tão pobre?
Vejamos os americanos,
pessoas que amam carros antigos "Chevrolet, Lincoln, Dodge..." carros que lá marcaram época também e são valorizados como os novos.
Já aqui no Brasil (vulgo país onde somos apaixonados por carro) nossos velhinhos são usados para ser detonados, acabam ficando em pátios dos Detrans de nosso país,
mas é a tecnologia roubando a experiência a confiabilidade que nos foi transmitida a algum tempo,
mais não, há "TECNOLOGIA", pois bem quem é apaixonado por carros sabe muito bem a diferença o prazer de conduzir um veículo antigo, aquele motorzão, seja ele 1.8, 2.0, (2.5 e 4.1 que vinham nos Opalas e os transformou em mito) e claro o V8, o ronco de um V8, coisa linda, pena que tudo isso é passageiro, pena o mercado ter que ficar constantemente em evolução.
Mais quando, quando tiver em uma estrada cuidado, uma carroça velha com certeza vai lhe ultrapassar e com mais certeza ainda,você irá se decepcionar,
e quando chegar ao destino irá dizer para alguém
-" CARA!!!, TOMEI UMA BUCHA DE UM PAU VELHO, CARA, O BICHO DEVIA TÁ MECHIDO!!!!"
.... Engano seu, o motor era original, então é isso, vai ficar com qual, Tecnologia ou Confiabilidade?? ..
Vejamos os americanos,
pessoas que amam carros antigos "Chevrolet, Lincoln, Dodge..." carros que lá marcaram época também e são valorizados como os novos.
Já aqui no Brasil (vulgo país onde somos apaixonados por carro) nossos velhinhos são usados para ser detonados, acabam ficando em pátios dos Detrans de nosso país,
mas é a tecnologia roubando a experiência a confiabilidade que nos foi transmitida a algum tempo,
mais não, há "TECNOLOGIA", pois bem quem é apaixonado por carros sabe muito bem a diferença o prazer de conduzir um veículo antigo, aquele motorzão, seja ele 1.8, 2.0, (2.5 e 4.1 que vinham nos Opalas e os transformou em mito) e claro o V8, o ronco de um V8, coisa linda, pena que tudo isso é passageiro, pena o mercado ter que ficar constantemente em evolução.
Mais quando, quando tiver em uma estrada cuidado, uma carroça velha com certeza vai lhe ultrapassar e com mais certeza ainda,você irá se decepcionar,
e quando chegar ao destino irá dizer para alguém
-" CARA!!!, TOMEI UMA BUCHA DE UM PAU VELHO, CARA, O BICHO DEVIA TÁ MECHIDO!!!!"
.... Engano seu, o motor era original, então é isso, vai ficar com qual, Tecnologia ou Confiabilidade?? ..